Três homens fugiram do Centro de Remanejamento do Sistema Prisional (Ceresp), em Betim, na Região Metropolitana de Belo Horizonte. A ausência dos detentos foi confirmada nesta segunda-feira (7) pela Secretaria de Estado de Segurança Pública (Sesp).
Segundo a Secretaria de Estado de Administração Prisional (Seap), os detentos fugiram por transposição de barreira, que é o tipo de fuga no qual o preso, por exemplo, pula um muro, abre túneis ou buracos na parede. As circunstâncias da ação serão investigadas por um procedimento interno administrativo.
Até o momento, apenas a identidade de um dos fugitivos, Luis Rodolfo Valentino, de 33 anos, foi confirmada pela Seap. As identidades dos outros dois detentos ainda serão confirmadas pela unidade prisional.
Superlotação
O Ceresp de Betim é um dos presídios que a Comissão de Assuntos Carcerários da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB-MG) listou entre os mais críticos do Estado. A unidade conta com cerca de 1.200 presos, mas a capacidade é de apenas 404 vagas.
Para piorar, o número de agentes que o Ceresp possui (220) é muito menor do que o necessário para a manutenção da segurança mínima no local. O Raio X do Sistema Carcerário de Minas Gerais, editado em dezembro pela Comissão, mostra que, atualmente, seriam necessários 560 servidores para dar conta do número de reclusos na unidade prisional.
“Falar do Ceresp de Betim é chover no molhado. Como um todo, o sistema prisional de Minas Gerais está falido. É uma bomba prestes a explodir”, comenta Fábio Piló, presidente da comissão.
Com informações de Bruno Inácio