Prefeitura de Betim reforça a importância da vacinação contra a dengue

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Reprodução/Prefeitura Municipal de Betim

Cobertura vacinal para o imunizante está abaixo do esperado no município

Iniciada em abril de 2024, a vacinação contra a dengue em Betim apresenta baixa procura. Segundo dados da Vigilância Epidemiológica do município, a cobertura vacinal do imunizante, que deve ser aplicado em duas doses, alcançou, até outubro deste ano, apenas 17,05% do público-alvo para a primeira dose e 4,8% para a segunda. De acordo com diretrizes do Ministério da Saúde, a vacina, que protege contra os quatro sorotipos da doença, é destinada a crianças de 10 a 14 anos. Em Betim, esse público é estimado em 28 mil pessoas.

Aproveitando a Campanha de Multivacinação, iniciada nessa segunda (4/11), a Prefeitura de Betim reforça também a importância da vacina contra a dengue e faz uma nova chamada para que os pais levem seus filhos para serem imunizados contra a doença. A vacina contra a dengue e todas as outras do Calendário Vacinal estão disponíveis nas Unidades Básicas Saúde (UBSs) do município, das 8h às 17h.

“Estamos em momento propício para a vacinação contra a dengue, pois aqueles que contraíram a doença durante a epidemia do início do ano já cumpriram o intervalo de seis meses após a infecção para receber a primeira dose. Além disso, estamos em período de baixa incidência da doença, o que favorece o recebimento das doses e assegura a imunização contra a dengue para seu período de maior incidência, que é durante o verão”, explica a diretora de Vigilância em Saúde, Fábia Ariane e Fonseca.

O esquema da vacina contra a dengue é de duas doses, que devem ser aplicadas com um intervalo de três meses entre elas. Se a criança contrair a dengue antes de ser vacinada, deve esperar seis meses para iniciar a imunização. Caso a infecção ocorra após o recebimento da primeira dose, o intervalo entre doses ainda deve ser respeitado, aguardando 30 dias após o início da doença para aplicação da segunda dose.

No ato da vacinação, a criança deve estar acompanhada de um dos pais ou de um responsável, que deve apresentar documento de identificação, além da identidade e do cartão de vacinas da criança. Após a aplicação da dose, a criança deve aguardar por cerca de 20 minutos na unidade para observação em caso de alguma reação.  Além disso, deve-se aguardar um intervalo mínimo de 24 horas para receber qualquer dose de outras vacinas.

A vacina contra a dengue

A vacina Qdenga é produzida pelo laboratório Takeda Pharma com o vírus atenuado, ou seja, ela contém o vírus vivo mais enfraquecido em laboratório para que o uso seja seguro e incapaz de provocar a doença. O vírus atenuado estimula o sistema imunológico, fazendo com que ele produza células e anticorpos específicos para proteger a pessoa que o recebe.

Segundo o fabricante, foram realizados, ao longo de 15 anos, 19 estudos clínicos para avaliar a eficácia, a imunogenicidade e a segurança da vacina. As pesquisas contaram com a participação de cerca de 28 mil participantes, com idade entre 18 meses e 60 anos, e foram realizadas em 13 países diferentes, em regiões endêmicas e não endêmicas de dengue.

O imunizante foi licenciado no Brasil em 2023 pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) para pessoas de 4 a 59 anos, após análise de dados técnicos e científicos que comprovaram a segurança e a eficácia da vacina.

“As vacinas oferecidas pelo Programa Nacional de Imunizações (PNI) são seguras e, antes de serem liberadas para uso, passam por um rigoroso processo de avaliação da Anvisa. A vacina contra a dengue é segura, por isso chamamos os pais e responsáveis para garantir a imunização de seus filhos”, reforça a diretora de Vigilância em Saúde, Fábia Ariane e Fonseca.