
O que era para ser uma solenidade tranquila e pacífica se tornou em confusão com troca de socos. Assim foi a diplomação do governador eleito Romeu Zema (Novo) no Palácio das Artes na noite desta quarta-feira (19). Até o discurso de Zema a cerimônia foi calma, mas depois se transformou em uma espécie de guerra de torcidas. De um lado favoráveis à liberdade do ex-presidente Lula (PT) e de outro os apoiadores do presidente eleito Jair Bolsonaro (PSL).
Os primeiros protestos partiram da plateia quando a vereadora Áurea Carolina (PSOL), deputada federal eleita, se encaminhou para receber o diploma mostrando uma placa com o nome da colega vereadora do Rio de Janeiro, Marielle Franco, assassinada em março. Parte do público começou a vaiar e xingá-la, fazendo o símbolo de metralhadora que ficou conhecido como gesto de Bolsonaro. A mestre de cerimônias pediu para que o público e os diplomandos não se manifestassem.
Antes disso e ao longo de parte da cerimônia, a deputada estadual eleita Beatriz Cerqueira (PT), segurou, sentada, uma placa escrita “Lula Livre”. O cerimonial pediu para que a plateia e eleitos não se manifestassem. A placa de Beatriz foi, então, retirada por uma funcionária, levando Beatriz a reclamar à administração. Nesse momento, o deputado estadual Rogério Correia (PT), eleito deputado federal, pegou a placa, a levantou e se dirigiu à ponta do palco.
O deputado Cabo Junio Amaral (PSL) se levantou e foi até Correia. Os dois trocaram xingamentos e Amaral arrancou a placa de Correia, que deu um soco na cara do colega parlamentar. Amaral devolveu o soco em Rogério e o palco foi tomado por empurra-empurra entre os deputados, com seguranças tentando separar a confusão.
A diplomação continuou até o final em clima de estádio de futebol, com a plateia se manifestando de acordo com os deputados que eram chamados para receber o diploma. Alguns parlamentares fizeram gestos imitando Bolsonaro, como se estivessem com armas na mão, e parlamentes petistas continuaram levando a placa “Lula Livre” na hora de receber o certificado.
A diplomação continuou até o final em clima de estádio de futebol, com a plateia se manifestando de acordo com os deputados que eram chamados para receber o diploma. Alguns parlamentares fizeram gestos imitando Bolsonaro, como se estivessem com armas na mão, e parlamentes petistas continuaram levando a placa “Lula Livre” na hora de receber o certificado.
O deputado Rogério Correia afirmou que vai processar o Cabo Júnior Amaral. “Eu estava com uma placa e ele tentou arrancar de mim. É um deputado que deve ser neofascista”. Já o Cabo replicou que “não estava na vez dele de ser diplomado”, em referência a Correia. O petista disse que o soco foi uma reação à “descompostura com a democracia” do colega, que tentou arrancar a placa “Lula livre” de suas mãos. “O deputado eleito Cabo Junio Amaral tentou me dar um soco. Vou analisar as medidas judiciais cabíveis, inclusive levando em conta o estatuto do idoso, por tentativa de agressão”, disse.
Segundo Beatriz Cerqueira, “o parlamento não é lugar de tomar nada de ninguém”. A deputada eleita quer a identificação da funcionária que tomou a placa que mantinha durante a sessão. Segundo informações do Tribunal Regional Eleitoral (TRE-MG), não há proibição para este tipo de manifestação durante a cerimônia.
Em discurso anterior à confusão, o governador eleito disse que todos, “sem exceção”, terão de fazer sacrifício diante das condições financeiras do Estado. “São vários os desafios que iremos enfrentar. Para tanto, buscaremos soluções e um novo modelo de gestão. Austeridade e meritocracia serão seguidos à risca”, afirmou.
Confira o vídeo da confusão na solenidade: