Algumas pessoas têm recebido e compartilhado áudio e textos no Whats app afirmando que a vacina que imuniza contra a febre amarela teria sofrido uma mutação, ou seja, não tem sido suficiente para burlar possível doença. No conteúdo, há um link que “justifica a fonte” com link que direciona para uma matéria de 2017 publicada no site da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz).
O conteúdo diz “Confirmada suspeita de que o vírus mutou e é mais agressivo. A vacina já não protege. Evitar locais com incidência da doença…. Esclarecimento de uma epidemiologista, especialista em febre amarela:A Fiocruz identificou sim alterações genômicas no vírus, que podem interferir na gravidade da doença, mas não na eficácia da vacina. Estudos de mapeamento genético do vírus estão em desenvolvimento na UFBA e Instituto Evandro Chagas. Esses estudos são super importantes para o melhor entendimento da atual situação epidemiológica que vivemos.”
De acordo com nota da Fiocruz, o vírus da febre amarela que está circulando pelo Brasil em 2018, especialmente Minas Gerais, São Paulo e Rio de Janeiro, é da linhagem chamada Sul Americana 1E. A mesma que afeta o país desde 2008.
De fato há uma matéria da fundação que fala sobre um estudo que conseguiu realizar o mapeamento genético do vírus da febre amarela, que causou o surto no Brasil no ano passado. Os pesquisadores analisaram cepas do micro-organismo retiradas de macacos bugio mortos pela doença em fevereiro de 2017 no Espírito Santo. Após o sequenciamento genético, os cientistas da Fiocruz descobriram diferenças na cadeia do DNA do vírus em comparação com o infectante que causou vários surtos no país e na Venezuela na década de 1980.
Com base nessas informações, o boato circulando no WhatsApp que sobre a ineficiência da vacina é falsa.
PROFESSOR DA UFMG COM FEBRE AMARELA
No áudio também é comentando a situação do professor de Medicina da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG). No entanto, ainda não se sabe se o docente estava vacinado, o que nada tem a ver com as informações espalhadas.